quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Freud também é humano
Freud, pra variar, foi e sempre será uma figura polêmica no mundo da psicologia e da ciência moderna. Deus ou Demônio, Yin ou Yang, Batman ou Coringa... é difícil encaixar Freud no papel bom ou mau. O mesmo psicanalista que faz descoberta maravilhosas, também desvela os cantos mais obscuros e anciosos que a humanidade teme em encarar.
Pra mim, o problema não está aí...
O problema está no humano em Freud, que raramente é encontrado em suas obras e muitas vezes ignorado por nós, leitores de sua obra...
Certa vez, Jung, seu maior rival, afirmou que teorias são auto-confissões.
Há vários exemplos na biografia de vários psicólogos que ilustram isso. Comecemos pelo próprio Jung: Sempre ligado ao misticismo e tendo uma forte influência religiosa de seus pais, ele criou a Psicologia Analítica, que respeita a acestralidade e mostra o poder que os mitos influenciam nas nossas vidas. Reich, em outro exemplo, estudou amebas e adriu-se aos pensamentos Marxistas, criando uma psicologia que une corpo e sociedade.
Agora, partemos para Freud. Neste momento, estou lendo a biografia de Freud do autor Peter Gay, entitulado de FREUD - UMA VIDA PARA O NOSSO TEMPO. É nessa obra que pude perceber o quão humano é Freud. O psicanalista sempre foi muito rigoroso consigo mesmo para buscar o conhecimento, nem que para isso fosse necessário brigar com os amigos ou ter de se afastar de sua mulher. Ao memso tempo, Freud era muito amável, carinhoso e fiél à família que ele mesmo ajudou a criar, uma característica interessante de se observar e que não estão presenes em suas obras.
O que estou querendo dizer é que Freud pode ter escrito coisas inteligentíssimas, ou até mesmo grandes besteiras. Mas isso não importa... ele é tão humano quanto qualquer um, apesar de, em muitos momentos, agir como um Deus...
PS: Quem puder ler esse livro, vale muito a pena. Respeito muito mais Freud e retirei muitos preconceitos sobre ele ao ler a obra.
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